domingo, 12 de julho de 2009

O compromisso ambiental


Os resultados da reunião de cúpula realizada na cidade italiana de L’Aquila foram menores do que os esperados pelos participantes e ficaram muito aquém da demanda mundial em relação a seu tema principal, o aquecimento global. Reunindo os chefes de Estado ou de governo de 17 países – entre eles os do chamado G-8 e os emergentes do G-5 –, o encontro que teve um palco que não deixa de ser simbólico: uma cidade em ruínas, destruída por um terremoto no mês de abril. Nada mais adequado para uma reunião de países que ainda lutam contra as sequelas da pior crise financeira e econômica ocorrida desde antes da II Guerra Mundial. O que era esperado como um mutirão contra a degradação ambiental não passou de uma declaração de princípios e o estabelecimento de metas para 2050, sem que se fixassem os compromissos de cada país ou de cada grupo de países.Dessa primeira cúpula ambiental com a participação do presidente Barack Obama, que representa uma nova postura norte-americana também em relação aos temas do aquecimento global e da preservação do ambiente, não resultaram, infelizmente, agendas precisas. Os países representados em L’Aquila produzem 80% dos gases que provocam o aquecimento global. Estavam, pois, no encontro as nações capazes de inverter a tendência de poluição e degradação que assusta o planeta nesta virada de milênio.A consciência ambiental do mundo espera agora que a Conferência sobre Mudança Climática da ONU, que ocorrerá em Copenhague em dezembro, tenha resultados menos pífios. A ONU planeja obter da comunidade mundial um acordo justo, abrangente e cientificamente rigoroso para limitar o aquecimento global em dois graus celsius até 2050, o que exigirá que os países industrializados reduzam em pelo menos 80% de suas emissões e que os países emergentes o façam em 50%. A aridez das discussões sobre este tema não pode impedir que a sociedade humana se conscientize da gravidade do que está em discussão. Mais do que a conquista do desenvolvimento econômico, o que está em causa é a própria sobrevivência do planeta como espaço de vida para o homem e as demais espécies animais e vegetais.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2576996.xml&template=3898.dwt&edition=12689&section=1011

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